quarta-feira, 25 de maio de 2011

De Bom Jesus do Galho a Flórida!

Quando criança, ou melhor, na minha pré-adolescência, lembro quando ouvi nas conversas familiares que A Dri, minha prima, havia saído de casa em Bom Jesus do Galo e foi morar em Timóteo.  Não, não era um ato de rebeldia, mas sim de uma garota, que buscava algo maior que o berço fraterno.  É a Dri, estava seguindo o seu próprio caminho, queria trabalhar, estudar em outra cidade, maior do que a sua cidade natal, do qual teria melhores oportunidades para o seu futuro, um tempo depois, fiquei sabendo que sua irmã a Dra, movida também por este ímpeto, fora morar em Timóteo também.

A vontade de crescer dessas meninas, não parava. Quando eu tinha uns 14 ou 15, minha mãe me disse que as meninas, viriam morar com a gente, pois agora o próximo degrau seria Belo Horizonte.  Tenho a cena da chegada delas até hoje em minha memória, foi num dia à noite, elas vieram de trem, acompanhadas pelo Tio Zé Tércio, eles estão brilhando e avermelhados, por causa do minério de ferro e me recordo do cheiro de Dea Natura (perfume delas). A estádia delas lá em casa, durou pouco, uns 15 dias, as meninas eram danadas e nesse tempo já havia arrumado emprego e podiam honrar com o próprio aluguel.  E essas meninas não tinham a intenção de ficar na aba de alguém, só buscavam apoio familiar, para continuarem alçando seus vôos.

E em Belo Horizonte, mudaram um monte de vezes e fizeram um zilhão de amigos. Aí o primo PC, veio também, moravam no Bairro Milionários e uma vez fui passar uma férias escolares com eles, era uma casa cheia, havia outros moradores, parecia uma república, nesta oportunidade conheci o Cristo de BH. Sempre que podia passeava com as primas e seus respectivos namorados.

Mas para elas isso não bastava, elas queriam mais e não demorou muito, trouxeram toda a família, pai, mãe e os outros quatro irmãos. Vieram morar perto da família, no Bairro Vera Cruz, na av. Belém. Aí era uma festa só, casa cheia, o pessoal com o belo horizonte esperando por eles. A Dri, sempre muito batalhadora, começou a vender cachorro quente na porta de casa, eu ao sair do colégio, passava por lá, para degustar o super cachorro quente, tinha de tudo nele, acho que dei prejuízo, pois não durou muito tempo. Nos dias que íamos dormir lá, nem dormíamos, eram tantas conversas, tantas risadas, a Dri sempre com suas imitações que nos levavam ao delírio, principalmente da Deusa personagem da novela O Clone.

Aí, veio a conversar da Dri, ir para os EUA, teve festa de despedida foi no Natal, eu minha mãe, não conseguimos ir, devido a uma forte chuva, voltamos para a casa de Vó, dormimos juntos Vó, Mãe, eu e Luiza. Acho que foi Deus que quis assim, este era o último Natal da Vó sã, no outro ela já estava debilitada.

Pois bem, lá se foi a Dri, subindo mais um degrau, em sua conquista ao mundo. Nesse tempo passava a novela América, do qual a personagem Sol tentava conquistar a “América”, mas não tinha sucesso ao retirar o visto e com isso acabou indo por outros meios, atravessando o México, um drama só. Não era o caso de minha prima que estava indo com tudo certinho, mas minha mãe não podia ver a novela que começava a chorar por causa de sua amada sobrinha.

Minha prima Dri, fez sua “América”, trabalhou, conheceu pessoas e assim conheceu o Ian, começaram um namoro, com o tempo veio à novidade que chegaria um herdeiro, casaram e o Ian filho, chegou ao mundo. A Tia Ivanda, foi pra lá, corujar o primeiro netinho, eita que ficamos mais uma vez na saudade. Quando Ian filho nasceu meu comentário foi o seguinte: Nessa família de Atleticanos e Cruzeirenses, acaba de nascer o primeiro Americano... É o primeiro, pois anos depois veio a Jayla, uma princesinha.

Seis anos de saudades, se passaram Tia Ivanda, já havia retornado ao Brasil e em 2011, veio para ficar, e assim escolhi o casal com mais de 30 anos de casados, para serem minhas testemunhas no civil e juntamente com outros meus padrinhos no religioso.

2011, só é festa, no dia 02 de Maio, a família Maclean, chegava ao Brasil, foi o máximo. Neste dia, descobri o tanto que amo esta prima, ao abraçá-la meu corpo tremia todo, quase chorei, me conti. Neste período todos tivemos um intensivão de inglês rsrsrs e muitos ok, ok em nossas conversar com Ian pai.  O Casal nos presenteou com um belo cobertor dos states. Até convite para a Lua-de-mel na flórida ganhamos... (há se eu acerto a quina).

Mas tudo que é bom, dura pouco, foram só alguns dias e ontem dia 24 de Maio, eles retornaram ao lar na Flórida.  Dessa vez fomos nos despedir, sabia que seria triste, mas queria dar um abração neles, nossa foi complicado, a família toda tristonha, deixei minha mãe lá, resolvi vir mais cedo, não ficar para o momento final, planejei dar um tchauzin e até logo, mas não consegui, desabei no choro, nos abraçamos entre lágrimas e ela toda ressentida por que não irá ao meu casamento, disse que sei que estará presente em pensamento e em boas energias e que enviarei todas as fotos, não irá perder nenhum detalhe. Nem deu para falar que comemorarei os cinco anos de casada, lá.

Não sabemos,  quanto tempo teremos de saudades, mas graças as tecnologias, ela fica mais fácil de superar através do facebook e Orkut de cada dia. 

Por isso, continuarem torcendo por todos os meus primos (são muitos), que cada um, continue tendo seus sonhos e batalhando para conquistá-los.  


Obs. Tudo é real, se há algum fato errado, perdoem minha memória.

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