Na maternidade tudo era
tranquilo, tínhamos visita da enfermeira duas vezes ao dia e sempre que precisávamos
podíamos chamar para tirar dúvidas. Na nossa conta, nossa alta seria no
domingo, mas ouvindo a conversa de outra paciente descobrimos que iríamos pra
casa no sábado de tarde e com mais algumas perguntas saímos quase meio dia! Não
contive a emoção ao sair da maternidade, não sei, era um misto de alegria e
medo, de alivio e insegurança. Mais uma vez o anjo Ana Paula, veio me abraçar!
Me transmitindo paz e força!
Enfim chegamos em casa! De
surpresa, não avisamos a ninguém! Em casa estava a sogra e meu irmão, que veio
afoito conhecer o sobrinho. Primeira providencia um banho de ôfuro, não tivemos
muito sucesso, o bebê era tão pequeno, delicado. E agora, o que fazer? Nossos
dias foram resumidos em mamadas em livre demanda, fraldas...Um turbilhão de emoções, umbigo,
pegada no peito, arrotar, frio, calor, soluço e os palpites que merecem um post
só para eles.
Primeira noite, hora de ir pro
berço, antes meu plano era por um colchão e dormir no quarto dele por alguns
dias, mas como foi cesárea seria impossível. Então a solução foi dormir na
banheira em nosso quarto. Isso durou dois dias, quando decidi que o berço iria
para o nosso quarto e assim foi por dois meses, quando consegui me desgrudar da
cria, com o auxilio de uma babá eletrônica (presente da prima Viviane). Ainda
hoje, quando está muito silencioso, me levanto para ver se está tudo bem.
Fralda, rapidamente percebi o
ritmo do bebê, mamava e evacuava, quase sempre precisava de um pano para
segurar a urina nas trocas, pois era xixi pra todo lado. Sempre que iria
evacuar o bebê fazia um cara de espanto e arregalava os olhos, e assim pouco
coisa mudou, já sei quando posso trocar ou quando devo esperar. Outro fato
sobre as fezes, foram as dúvidas quanto a coloração, densidade das fezes, o que
me rendeu um tira teima com a pediatra.
Umbigo, simples gaze e álcool,
manter sempre seco. Dificil é convencer que não precisa amarrar, apertar,
moeda, pó de café, fumo e outras doideiras que ouvimos dos mais velhos. O umbigo,
caiu com 6 dias e no décimo manchou a fralda de sangue, mas tudo esclarecido
com a pediatra.
Mamadas, em minhas pesquisas
durante a gestação, li sobre a livre demanda e decidi que assim seria! Para
enfatizar minha decisão a pediatra disse o mesmo, mas em casa ouvi protestos,
como: “Você vai virar escrava do bebê” e eu só respondia que estava aqui pra
isso, minha prioridade era o bebê, afinal estava aqui pra isso! (tenso). No
mais não tive grandes dificuldades, mas nosso filho temava em mamar somente na
mama esquerda, e a direita enchendo quase empredando, que poderia levar a uma
mastite. E com auxilio de uma bombinha tentei tirar um pouco do leite, para
aliviar o peso, foi quando minha sogra se ofereceu para ordenhar, ela veio com
tudo, como se eu fosse uma vaca leiteira que renderia muita grana pra ela.
Doeuuu, o leite saiu, gritei e a chamei de terrorista, ela veio mais uma vez e
o leite saiu forte, tentou a terceira vez, eu gritava para, para, para!!!
Queria bater na sogra, pegar a bombinha e fazer o mesmo, porém tudo passou,
quando o meu filho aceitou mamar na mama direita. Voltando a livre demanda, com o tempo o Levi,
estipulou o próprio horário, e hoje chega a ser de três em três horas, tudo no
tempo dele tranquilamente.
Pronto, chegamos ao “bicho papão”
dos primeiros três meses. CÓLICAS, sim, pra mim, foi a pior coisa, começou por
volta de 20 poucos dias de vida, dói até de lembrar, era bebê contorcendo,
chorando, nada o acalmava, o que amenizava eram as massagens e pano quente, mas
o bebê sofria. E por mais que me disseram para manter a calma, não conseguia,
eu chorava também, queria tomar a dor dele pra mim, rezava, Ave Maria... Pai
Nosso, pedia a Deus o alívio, enfim completou trinta dias e veio a consulta,
onde foi receitado uma medicação. Funcionou, mas ainda tinhas umas crises e
lendo, pesquisando e observando, percebi que realmente a alimentação da mãe
interfere nas cólicas. Primeiro chocolate, nem pensar, sempre que me aventurava
num chocolate, depois eu penava Refrigerante, um copinho vai, mais do que isso se
prepare para ver seu bebê se contorcer de dor. Claro que isso vai de cada bebê
e mãe, só estou compartilhando minha experiência. Dizem que a cólica dura até três
meses, já interrompi a medicação, mas ainda to sem coragem de comer
chocolates...
O primeiro trimestre do bebê é
repleto de descobertas, mudanças, de um bebê imóvel passamos a ter um que já
tenta rolar, ontem descobrimos que ele está tentando sentar. Sons, começaram
com au, guuuu, e agora parece que já tentar formar frases com seus grunidos.
A maior alegria e ele já nos
reconhecer, sorrir quando vou resgata-lo do berço ao amanhecer, se mexer todo
com braços e pernas com a chegada do pai, após o trabalho.